Número de feminicídios em MT é o maior em quatro anos…
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Número de feminicídios aumentou 14,2% em Mato Grosso. De janeiro a outubro deste ano foram registradas 40 mortes por violência doméstica ou discriminação de gênero no Estado, de acordo com dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública. No mesmo período do ano passado, foram 35. É quase um feminicídio por semana e os números podem ser ainda maiores.
Há casos que, inicialmente, não são registrados como feminicídio, como a morte da travesti Gisa (Gerardo Ribeiro Lima), em 7 de abril em Cuiabá. O caso só apareceu como feminicídio após a prisão do acusado, Júnio Santos da Silva, 28, na semana passada, em Minas Gerais e, por isso, ainda não estava no levantamento da Sesp.
Os crimes de feminicídio ocorreram em 27 cidades. Os maiores registros foram em Cuiabá (incluindo o da Gisa) e Sinop, com cinco e quatro feminicídios, respectivamente. Em seguida aparece Várzea Grande, com três ocorrências. Sete das vítimas tinham registrado boletins de ocorrência contra os autores do feminicídios, o correspondente a 17%. Duas mulheres tinham medidas protetivas de urgência, apenas 5% do total.
Os meses de setembro e outubro foram os que mais registraram crimes, oito e cinco, respectivamente. Os autores dos feminicídios ocorridos em outubro já serão enquadrados na nova lei, que estabelece pena de até 40 anos de prisão. O quantitativo de mortes por feminicídio deste ano é o maior para o período de janeiro a outubro desde 2021, quando foram 39. Em 2022 foram registrados 37.
Só o ano de 2020 que as mortes foram maiores, chegando a 48 neste período. No dia 09 de outubro o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou a lei que aumenta a pena para feminicídio e para crimes cometidos contra a mulher. Condenados por assassinato contra mulheres motivado por violência doméstica ou discriminação de gênero terão pena mínima de 20 anos e máxima de 40 anos.